terça-feira, 6 de março de 2012

O Diamante do Sertão

Sempre me senti um homem rico, não sei se o termo seria esse, pois riqueza é algo extremamente subjetivo quando não estamos a falar de dinheiro. Pois bem, quando digo que sou abastado me refiro ao prazer que as abelhas me proporcionam diariamente ao conviver com as mais variadas espécies.

 (Kalhil, Maicon e Eroito)

Vez por outra recebo alguns amigos que, sem perceberem, acabam também criando gosto pela meliponicultura. principalmente quando passam a praticá-la de perto e conhecendo os sabores que essas abelhas podem nos oferecer.


Nesse fim de semana foi exatamente assim. Recebi o querido amigo Eroito que é funcionário do Banco do Brasil em Mossoró e que nas horas vagas tem compartilhado comigo o prazer de aprender a manejar esses insetos tão especiais.


Continuando a série de transferências de colônias Jandaíras que venho realizando, contei com a ajuda do Eroito e do Maicon para realizar o manejo complicado de passar as abelhas para caixas novas. É sempre bom ter alguém para ajudar durante esse tipo de manejo, pois quatro, ou melhor seis mãos trabalham muito melhor do que só duas.

("capas de cria")

Mas pensando bem, talvez tivesse sido melhor trabalhar sozinho... Vez por outro os meus ajudantes viravam ladrões e roubavam alguns potinhos de mel. O pior não era espantar os atos furtivos, mas procurar as rainhas que se escondiam rapidamente no meio de discos de cria enormes.

 (Eroito com pote de mel de Jandaíra)

Confesso que essas abelhas que estou a passar para caixas novas tem discos nunca vistos. São enormes, talvez nem possamos chamar isso de discos, o termo mais apropriado seria capas de cria, uma referência aos grandes cachos de postura da africanizada.

 (discos enormes, quase não cabem na caixa)

(discos da direita prontos para divisão)

 (mel cristalizado nos potes)

A certa altura dos trabalhos somos supreendidos com potes de mel cristalizado. Nunca tinha visto isso, pois já vi o mel de Jandaíra cristalizar inumeras vezes dentro de recipiente para comercialização, mas nunca dentro dos próprios potes de mel. Uma curiosidade é que somente o mel puro cristaliza.

 (Diamante do Sertão)

O mel fica parecendo lascas de vidro, como bem disse o amigo Eroito: -Isso mais parece um diamante!.Mas não é mesmo? Confesso que o mel da Jandaíra produzido na região de Pau Branco (zona rural de Mossoró-RN) tem um sabor muito agradável. Como bem disse o amigo a certa altura da atividade: Tenho pra mim que Deus deve acordar todos os dias com colheradas desse lindo e rico sabor.

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