segunda-feira, 4 de abril de 2011

Machos desidratando néctar

(Visita!)


Neste sábado tivemos o prazer em receber uma meliponicultura iniciante, mas muito inteligente e curiosa de bem longe, trata-se da Silvia, Engenheira Agrônoma, italiana que está no Brasil fazendo um trabalho de pesquisa de pós-graduação com as Jandaíras na Universidade Federal do Ceará.


Infelizmente não pude mostrar todas as colônias, pois 95% das caixas já estão em outro lugar para fugir do carro fumacê e mesmo as restantes estão muito fracas, mas mesmo assim, foi um prazer enriquecer o conhecimento da Silvia com algumas palavras sobre as tão maravilhosas abelhas Jandaíras.


...


(Fotos Curiosas)


Ao realizar o manejo nesse fim de semana percebi uma coisa bem curiosa, a literatura afirma que além da função reprodutiva existe algum tipo de trabalho realizado pelos machos de abelhas sem ferrão, sempre se comenta a função desidratadora de néctar que alguns machos realizam. Sempre vi esses machos realizando essa atividade dentro da colônia, principalmente à noite quando de minhas observações de postura.


Mas ontem eu flagrei esse grupo de machos do lado de fora de uma das caixas fazendo esse trabalho interessante. Curioso era observar a sintonia entre eles, regurgitavam e colhiam a gota de néctar praticamente ao mesmo tempo, até parecia que existia um orientador.





Nessa foto abaixo percebesse com clareza as gotas de néctar sendo desidratadas pelos garotos, a experiência da lida quase que diária me faz reconhecê-los de longe, pois suas características são bem claras para olhos já acostumados a observá-los.





Outra curiosidade digna de um registro foi esse maribondo cabloco, uma vespa predadora de vários insetos, com uma lagartinha de borboleta presa em suas mandíbulas. Certamente a caça será usada em sua alimentação e suas crias.




Ampliando a foto observamos a beleza da vespa ao voar com sua presa nas mandíbulas, esse inseto é um importante predador natural de pragas, é manso mas quando importunado descarrega um ferrão poderoso.


Lembro-me que certa vez levei uma dessas perto da boca, passei dias com uma dor no pescoço que latejava sem parar. Mas a culpa da ferroada não foi do inseto, foi minha pois sem saber me aproximei demais da área de suas crias, ele só se defendeu com as armas que a natureza lhe forneceu. Eu teria feito a mesma coisa.



Mossoró-RN, em 04 de abril de 2011.


att,


Kalhil Pereira França


Meliponário do Sertão

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